Opinião pública

Encontrei esta passagem de Goethe no estrategema 30 do excelente “A arte de ter razão”.

Dico ego, tu dicis, sed denique dixit et ille:
Dictaque post toties, nil nisi dicta vides.

Ou para os ignorantes entre nós que não lêem latim:

Eu o digo, tu o dizes, mas, ao final aquele também o diz:
Depois que o disseram tantas vezes, não se vê outra coisa a não ser o que foi dito.

Lido durante a aula de matemática…

Os homens lutam e sofrem por nada

Neste mundo, os homens lutam e sofrem por nada; se encontram prazer, é apenas no fulgurante desatino da batalha… Preciso viver intensamente enquanto posso. Quero experimentar os ricos sucos da carne vermelha e o vinho picante, o aperto quente de braços brancos como o marfim, a loucura do triunfo na batalha, quando as lâminas azuladas queimam e se tingem de vermelho. Isto basta para me alegrar. Que os mestres, os sacerdotes e os filósofos meditem sobre as questões de realidade e ilusão! De uma coisa eu sei. Se a vida é ilusão, também sou uma: a ilusão é real para mim. Eu vivo, estou cheio de vida, eu amo, eu mato, eu sou feliz assim.

(trecho de um conto de Conan, O Bárbaro)

Vi lá no 1001 GatosHoward não era “feliz assim” como seu personagem, já que ele se suicidou…

Bom… Eu me sinto como o Conan, embora enxergue a vida como Nietzsche ou Schopenhauer. Por enquanto, eu vivo, estou cheio de vida, eu amo, eu mato, eu sou feliz assim.

© 2005–2020 Tiago Madeira